24 de julho de 2011

Destroços do domingo

Estou na mais completa solidão
Do ser que é amado e não ama
Me ajude a conhecer a verdade
A respeitar meus irmãos
E a amar quem me ama ♫

Eu, monstro

Tínhamos sonhos, impossívies talvez, mas tínhamos
Você tornou-se um monstro
Perdeu-se no tempo
Sinto pena e aversão do que se tornou
Poupe-se dessa vergonha
Não há porquê continuar insitindo
Quando eu estava no comando as coisas eram diferentes
Foi um erro deixar você assumir o controle
Tudo era tão sólido antes
Tão simples
Mas tudo se desfez
Incrivelmente, você destruiu tudo
E as coisas fugiram do seu controle
Você tentou abraçar tudo
E percebeu que lhe faltava braços

20 de julho de 2011

Solitary Man

Belinda was mine
'til the time
that I found her
Holdin' Jim
And lovin' him
Then Sue came along, loved me strong,
that's what I thought
But me and Sue,
That died, too.
Don't know that I will,
but until I can find me
A girl who'll stay
and won't play games behind me
I'll be what I am
A solitary man
A solitary man
I've had it here - being where love's a small word
A part time thing
A paper ring
I know it's been done havin'
one girl who love me
Right or wrong
Weak or strong
Don't know that I will,
but until I can find me
The girl who'll stay
and won't play games behind me
I'll be what I am
A solitary man
A solitary man
Don't know that I will,
but until love can find me
And a girl who'll stay
and won't play games behind me
I'll be what I am
A solitary man
A solitary man

J. Cash

Prelúdio do fim

O que lhe mantém?
O que te faz continuar apesar das quedas?
Como você faz para conseguir dar a volta por cima?

Tudo ao meu redor cheira a desespero
Eu falhei
Decepcionei minha família
Meus amigos
Ingenuidade minha
Pensar que eles conseguiriam cobrir a minha falha
Falha que eu tentei disfarçar
Com amigos
Com bebidas
Com cigarros
Mas tudo que consegui
Foi retardar
Tudo isso já não funciona mais como antes
E não aguento mais retardar meu fracasso
Mas não se assuste, pequena criança
Os sinos incessantes só querem informar
Que a hora do fim está por vir
Mas não para você

18 de julho de 2011

Não olhe mais para trás

Você cavalga rápido demais, não consigo lhe alcançar. Tudo o que vejo são vestígios de que esteve aqui, ou de que você se importa comigo. Chego até mesmo a ver-te, em algumas vezes, como se estivesse esperando por mim, então minha esperança se renova e eu corro ainda mais, ignorando todas as léguas cansativas que já percorri sem descansar, todos os sacrifícios que fiz, todas as noites em claro que passei, e você sorri... Como se tudo fosse uma inocente brincadeira, e é um lindo sorriso. Então você desaparece e percebo que era apenas mais uma miragem, seu perfume ainda continua no ar, ou talvez seja mais uma invenção da minha mente cansada.
Você me mantém vivo, e eu continuo seguindo seu caminho, mas tudo que faz é me pregar peças e mais peças, já não quero mais continuar, o esforço que fiz durante todos esses anos já não compensa mais, não há felicidade que supere todo esse sofrimento, sei que não vai me compreender, mas já não quero um futuro.
Já não lhe seguirei mais... Ficarei aqui, esperando que o tempo corrija essa falha que sempre fui. Não me mande mais vestígios, isso apenas atrasaria minha queda final e gostaria que ela fosse rápida. E por favor, não olhe mais para trás.

16 de julho de 2011

Sonhos perdidos no tempo

Não havia necessidade de ter me seguido até aqui, na verdade, não queria que ninguém tivesse me seguido, apesar de trazer felicidade para quem me alcança. Mas você escolhera seu caminho, talvez por inocência, uma pessoa sã jamais me acompanharia assim. Apesar de tudo, você me seguiu, esse tempo todo, fora um companheiro fiel, disso eu jamais poderia reclamar. Com certeza não se sentiu bem durante todos esses longos anos que me fez companhia, afinal, seria idiotice acreditar que alguém se sentiria bem ao meu lado nesse estado... Finalmente seguiu o bom senso, lhe condenarão, disso não tenho dúvida, decidir algo assim não é nada fácil e muito menos é bem visto entre as pessoas que lhe excluiram, você adiara essa decisão por muito tempo, e houve motivos para continuar, amigos, família, amores, álcool, cigarros, e até mesmo livros, o fato é que não conseguiu fazer com que isso te sustentasse até que a velhice batesse à sua porta.
Eu lhe corrompi, não por querer, mas sou eu. Faço as pessoas me seguirem, por mais absurdo que eu possa ser. E com você não foi diferente... Sempre imaginou e desejou coisas incoerentes com o tempo e até mesmo com você... Tudo continuará, mesmo depois da sua decisão, viverei nas pessoas ainda, mas sinto que falhei com você, ou talvez você tenha falhado escolhendo esse meu lado, alguém errou, não tenho dúvidas disso... Foram tempos difíceis ao seu lado, mas nem por isso deixou de acreditar, até agora. Talvez tenha se apegado demais ao passado, ou até mesmo ao futuro, não sei lhe dizer, mas sempre esteve incoerente ao seu tempo.
Agora está a dançar, pelo simples capricho do vento, já que estás suspenso por uma corda que você mesmo colocou em volta do seu pescoço.
Sinto muito que as coisas acabassem assim, mas foi melhor, principalmente para você... Não é fácil, na minha posição, ver que você desacreditou naquilo que um dia te moveu.
Foi bom estar ao seu lado.

Atenciosamente,
Seus sonhos

9 de julho de 2011

Matem ele, por favor.

A música era linda, uma melodia triste mas linda, e ela inundava todos os cantos daquele movimentado estabelecimento. Mas ninguém reparava na triste melodia, estavam todos conversando e bebendo, havia fumaça de cigarros, risos, brindes e comemorações, todos estavam entretidos com suas vidas cheia de surpresas e felicidade, não havia porque reparar na melodia, mesmo que ela fosse uma linda melodia. Mas havia lá alguém que reparara na música, e percebera toda a melancolia que ela carregava e não era muito diferente do que ele sentia e sempre sentiu todos esses anos.
Lá estava o infeliz, no meio de todas aquelas pessoas normais, sentindo-se uma falha ambulante, bebendo para fugir da sua prórpia condenação, enquanto esperava e torcia para que aquele fosse o último dia de sua vida vazia e desafortunada. Assim como com a música, ninguém reparara nele e isso passou a ser trivial para aquele infeliz, e toda a desilusão de uma vida desperdiçada e fracassada, lhe acompanhava a cada passo trêmulo e incerto. Pobre infeliz, não gostaria de estar no lugar dele.
E ele existia, não que essa fosse a vontade dele, mas existia, e suplicava por uma chance, apenas uma, mas ela nunca veio... Pobre infeliz, esmagado pelos seus prórpios sonhos, quem imaginaria?
E agora vejo com clareza, o infeliz era e continua sendo eu, todo esse interminável tempo.

6 de julho de 2011

De que vale sonhar um minuto se a verdade da vida é ruim?

Por que você me olha com esses olhos de loucura?
Por que você diz meu nome?
Por que você me procura?
Se as nossas vidas juntas vão ter sempre um triste fim
Se existe um preconceito muito forte separando você de mim
Pra que este beijo agora?
Por que me amor este abraço?
Um dia você vai embora sem sofrer os tormentos que eu passo
De que vale sonhar um minuto se a verdade da vida é ruim?
Se existe um preconceito muito forte separando você de mim


Cazuza  ♫

4 de julho de 2011

Havia vida lá

Havia vida naquele bosque. Longe das crianças que se lambuzavam com as doces frutas que nascem por lá. Ninguém sabe como ele chegou lá, aparentemente , até as árvores evitavam aquele local, e eu mesmo não as condeno. Apesar de toda a agonia impregnada em cada centímetro daquele local, esquecido até pelo nosso generoso Senhor, havia vida lá.
Alguns dizem que era um homem, que aprendeu a conviver com o infortúnio de sua vida amarga e infeliz, outros dizem que era um monstro no corpo de um humano. Eu mesmo não se o que ele era, mas ele existia. Os moradores mais próximos do bosque, chegavam até a escutá-lo, era um lamento interminável que se repetia diariamente, nas noites geladas que temos aqui.
Era deprimente vê-lo... Olhando um mundo que simplesmente não conseguia fazer parte, e nos olhos dele, via-se o desespero, um pedido suplicante de socorro e que nós não socorremos, isso me atormenta em todas as noites de insônia.
E assim se passaram anos, ninguém sabe o tempo ao certo, a cada dia que se passava, mais desesperado ele ficava e mesmo assim, não o salvamos. Então, em mais um dia banal da primavera, ele estava balançando com o vento, pendurado por uma corda que lhe quebrara a coluna vertebral, e eu me lembro... Havia um bilhete, amassado e molhado, pelas suas lágrimas, acredito eu, e no bilhete dizia "Eu só precisava de uma chance, não desapontaria vocês, era tudo que eu necessitava... Uma chance, uma chance..."
Apenas uma chance...

2 de julho de 2011

Rápido demais

Este é o fim da linha para você, meu velho amigo. Não negarei, a viagem continua, por horizontes jamais imaginados, há um futuro brilhante à espera da continuidade dessa viagem, mas nada reservado para você.
Aqui nós nos separamos, sabíamos que você não iria muito longe, acredito que você também percebeu isso desde o começo, então não há porque criar ressentimentos. Não nos siga, não há esperanças para você, seu destino já foi traçado a muito tempo, suas mãos geladas contaminarão tudo em que um dia você achou que seria a salvação, e seu rosto, marcado pela tristeza de todos esses anos, afastará a todos. Nunca houveram flores no seu caminho, seria tolice achar que algo mudaria.
Você envelhecera rápido demais, o próprio tempo não conseguiu lhe acompanhar, virara uma falha enorme, suas palavras são ignoradas até mesmo pelo vento, as consequências são terríveis, acredito que já tenha percebido que nunca houve espaço para você nesse mundo, você é um erro e desde o começo o preço que você pagou por isso foi realmente muito alto.
Adimito que chegara mais longe do que eu chegaria, se estivesse em seu lugar. Mas cairá em breve, isso já é perceptível.




1 de julho de 2011

Cavalgando sozinho

Cavalgo sozinho, entre paisagens distorcidas e de beleza inigualável
Entre nobres montanhas e castelos imponentes
Paisagens e sensações que eu gostaria de dividir
Com alguém que não fosse meus cigarros
Porque onde eu cavalgo
Não há um futuro promissor para solitários errantes
Largado à mercê do meu infortúnio
Com a certeza incerta de que aparecerá alguém
Que seja capaz de fazer com que eu aproveite
Essa prisão fascinante em que sempre me encontrei
Assim, continuo cavalgando
E esperando