7 de dezembro de 2011

Café e chuva

Finalmente o café chegara
O aroma dele era incrivelmente parecido com o dos outros
Ele estava quente, assim como os outros
Era uma bela xícara, assim como a dos outros
E estava intragável, assim como os outros
Assim como os outros, eu tinha que ingeri-lo
Será que nunca acertariam? Sempre me entregam cafés intragáveis...
Deveria eu pedir para trocarem novamente?
Agora eu estava na chuva
E ela me cortava como todas as outras
Meu pobre guarda-chuva não me protegia
A chuva continuava abrindo as mesmas feridas que as outras abriram
Como se fosse para eu me lembrar que já falhei da mesma forma
Várias e várias vezes




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