25 de agosto de 2011

Cartas para ninguém

E o pobre infeliz escrevia cartas
Eram cartas bonitas
Gostaria eu, de receber uma carta assim
Ele não escrevia para mim
Mas escrevia

E eram textos lindos
A cada palavra que ele escrevia
Mais esperança ele tinha
E ele percebia que daquela vez
Seria tudo diferente
Enquanto andava para postar a carta
Se enchia de coragem
Enquanto esperava
A ansiedade lhe atormentava
Com a dúvida se já tinham recebido a carta
E gostaria da resposta, o mais rápido possível
Porque daquela vez seria diferente
Ele sentia isso.

Gostaria de conseguir parar o tempo, porque o infeliz se decepcionaria novamente.


23 de agosto de 2011

Caindo infinitamente

Me prometeram coisas lindas, que não conseguiria imaginar
E acreditei, cegamente como um tolo
Mas me enganaram
Nunca houve ninguém aqui
Esperando por mim

18 de agosto de 2011

Cavalos cansados

Cavalos cansados
Cavalgando em círculos
Pois o espetáculo não pode parar
E a platéia apenas assiste
Admirando a sincronia
Daqueles tristes cavalos
Que em vão, sonham
No dia em que seriam salvos
Terminando com toda aquela agonia
De circular noite e dia
Tendo a triste alegria
De saber que você me libertaria
Mas que talvez isso
Não lhe interessaria


14 de agosto de 2011

Eterno sábado

Amores gelados
Sorvetes inacabados
Sorrisos estrelados
Dedos entrelaçados
Tudo acabado
Por um coração amaldiçoado.

6 de agosto de 2011

Errei

O que lhe sobrou depois de todos esses anos?
Haveria algo que poderíamos salvar entre toda essa infelicidade?
Que fizesse com que todos esse pequeno tempo não se tornasse interminável?
Onde estariam os motivos para continuar?